A ultrassonografia de abdome tem sido amplamente utilizada como exame de rotina, mesmo nos pacientes sem queixas abdominais, por ser um exame acessível e com mínimo risco ao paciente durante sua realização, e entre os achados mais comuns está a colelitíase.
A colelitíase, popularmente chamada de pedra na vesícula, atinge cerca de 10% da população – especialmente as mulheres, podendo subir para 30% no grupo acima dos 70 anos. Destes, a maioria nunca teve qualquer tipo de sintoma relacionado a vesícula. Todavia, a presença de cálculos (pedras) neste órgão pode levar a complicações graves, tais como:
- Colecisitite aguda: inflamação aguda da vesícula que necessita de cirurgia de urgência.
- Pancreatite aguda: inflamação do pâncreas normalmente causada por um cálculo que migrou da vesícula.
- Coledocolitíase: quando o cálculo obstrui o canal da bile, levando a dor, icterícia e algumas vezes infecção, chamada de colangite.
Logo, operar a vesícula pode ser uma opção interessante mesmo nos pacientes assintomáticos, uma vez que a colecistectomia (cirurgia para retirada da vesícula) por videolaparoscopia é um procedimento com baixo índice de complicações, padronizado e seguro, lembrando que a cirurgia sempre deve ser bem discutida com o paciente, ficando com este a decisão final de ser operado.
Escrito por Dr. José Thiago Oliveira de Carvalho